terça-feira, 22 de junho de 2010

Grupo de Conjuntura - O mercado de crédito em 2009: Os Bancos Públicos

Em 2009, o crédito do sistema financeiro ao setor privado manteve-se em trajetória de expansão, dando continuidade a fase de ampliação do ciclo de crédito iniciado em 2003. Em proporção do PIB, o estoque de crédito ao setor privado atingiu 42,8% em dezembro, com crescimento de 12,9% em relação ao final de 2008, com destaque para o segmento de pessoas físicas. A ampliação do crédito ao setor privado foi liderada pelas instituições financeiras públicas, as quais, seguindo as diretrizes do governo federal, deram continuidade a sua ação anticíclica iniciada no último trimestre de 2008. Ante a maior aversão ao risco das instituições privadas, essa ação foi essencial para suprir a necessidade de capital de giro das empresas nos diversos setores de atividade econômico e garantir o financiamento do consumo das famílias, contribuindo, desse modo, para a reativação mais rápida da demanda doméstica. Igualmente, os bancos públicos agiram em prol da redução dos juros e dos spreads bancários. Aliando as diretrizes governamentais com suas próprias estratégias operacionais, o BB e a CEF conquistaram fatias de mercado, desencadeando reações dos seus concorrentes privados. Em 2010, com o crescimento da atividade econômica e a retomada dos planos de investimentos interrompidos ou adiados pela crise global, o mercado de crédito se manterá em trajetória ascendente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Comércio Exterior Brasileiro em 2009

Essa nota técnica analisa o impacto da crise econômica global sobre a balança comercial brasileira em 2009. É possível identificar principais três fases distintas desse impacto. Na primeira fase, que se iniciou em outubro de 2008, abrange o mês de janeiro, o contágio foi mais intenso sobre as exportações, pois a contração da demanda internacional atingiu, de forma mais rápida, os mercados de commodities, seja devido à deflação dos preços, seja pelo fato desses bens serem insumos da produção industrial, utilizados nos estágios iniciais das cadeias produtivas. A segunda fase estende-se de fevereiro a setembro de 2009, quando a recuperação desses preços e da demanda chinesa atenuaram a queda das vendas externas e as importação retraíram-se de forma mais intensa devido ao contexto de recessão interna e moeda depreciada. A terceira fase refere-re ao último quadrimestre do ano (setembro a dezembro), quando as importações ganham impulso, na esteira da reativação da economia brasileira e da apreciação cambial, e as exportações perdem dinamismo, devido a esse novo contexto, mas também da desaceleração da demanda chinesa por commodities.
Considerando o ano de 2009 como um todo, o efeito líquido da crise sobre a balança comercial foi positivo, pois a queda das compras foi maior do que das vendas externas. Assim como em 2008, o perfil da pauta exportadora (concentrada em commodities) contribuiu para atenuar o impacto negativo da crise sobre essa balança. A maior participação das commodities possibilitou que a estratégia de acúmulo de estoques pela China e a alta dos preços das commodities ao longo ao ano tivessem impactos positivos sobre o valor exportado de itens da nossa pauta exportadora ou atenuassem sua queda. As importações de commodities da China concentraram-se, exatamente, nos dois principais produtos exportados pelo Brasil, soja e minério de ferro, que, conjuntamente, responderam por 30,7% do total das vendas externas brasileiras

quarta-feira, 9 de junho de 2010

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