quarta-feira, 29 de julho de 2009

DESDOBRAMENTOS DA CRISE GLOBAL: O DESEMPENHO DAS ECONOMIAS EMERGENTES

O aprofundamento da crise financeira internacional atingiu as economias emergentes mediante vários canais de transmissão, que envolveram seja a conta corrente (queda dos preços das commodities e da demanda mundial e aumento das remessas de lucros pelas empresas e bancos), seja a conta financeira (menor ingresso de investimento direto, saída dos investimentos de portfólio, interrupção das linhas de crédito comercial e forte contração dos empréstimos bancários). O impacto desses canais, todavia, tem sido heterogêneo entre as economias emergentes devido aos diferentes graus de abertura financeira e comercial, à estrutura da pauta de comércio exterior, bem como às respostas de política econômica.
A interação entre a natureza da inserção comercial e financeira no período precedente, a situação macroeconômica e a gestão da política econômica frente ao efeito-contágio da crise condicionaram o seu impacto sobre o nível de atividade dos países emergentes. Os dados disponíveis mostram que todas as economias da amostra registraram desaceleração na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2008 (com algumas já apresentando variação negativa do PIB). No primeiro trimestre de 2009, com exceção da Índia, nas demais economias o desempenho do PIB foi ainda pior e um maior número de países apresentou contração da atividade econômica.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ciclo de Seminários - 10° Evento
Tema: SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: Complexidade do Sistema e Especificidades da Atenção à Saúde
31 de julho de 2009 – sexta-feira às 09:00h

Local: Auditório da Fundap
Rua Alves Guimarães, 429 – 5º andar
Pinheiros, São Paulo

Preferencialmente para gestores de Saúde e de políticas intersetoriais, pesquisadores e alunos de pós-graduação das mesmas áreas.




Ouça a Abertura do Seminário.


Mediador:
José Carlos Seixas - Assessor de Gabinete do Secretário estadual de Saúde

Expositores:
Januário Montone - Secretário de Saúde do Município de São Paulo
Redes de atenção à saúde: gestão municipal

Veja a apresentação de Januário Montone.
Ouça a apresentação de Januário Montone.

Renilson Rehem de Souza - Ex-Secretário Adjunto da Saúde do Estado de SP
Condições sanitárias e de saúde no Brasil: desafios permanentes

Veja a apresentação de Renilson Rehem de Souza.
Ouça a apresentação de Renilson Rehem de Souza.


Veja as fotos do Seminário



Debates:

Ouça a Mesa de Debates.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS AÇÕES E PROGRAMAS FEDERAIS

Esta Nota Técnica avalia a política fiscal do governo Lula. Percebe-se que as diretrizes desta política são de duas ordens: (i) expansão dos gastos correntes e a (ii) de contratação de um conjunto de obrigações (programas de governo), fatos que deverão impactar o gasto público num horizonte muito amplo de tempo. O trabalho procura medir a magnitude desta trajetória fiscal nos próximos anos através de um levantamento dos principais compromissos assumidos, especialmente de custeio, nos programas governamentais de maior destaque. Estima-se também o resultado primário do governo federal em 2010, dados os efeitos da forte expansão da despesa de pessoal e de custeio, frente à estabilidade das receitas.


terça-feira, 14 de julho de 2009

A POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL EM 2008

A POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL EM 2008

Em 2008, o Banco Central do Brasil conduziu a política monetária para manter a inflação no centro da meta (IPCA igual a 4,5%), a partir do diagnóstico de que havia “risco relevante para o panorama inflacionário”, em razão do descompasso persistente entre o ritmo da expansão da demanda e o da oferta doméstica. Em resposta à forte elevação do preço dos alimentos ao longo do primeiro semestre deste ano, puxada pela alta acelerada dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional, que levou o IPCA acumulado em doze meses a se distanciar cada vez mais do centro da meta, a autoridade monetária iniciou, no mês de abril, uma nova fase de alta da Selic que só seria interrompida em outubro, quando a economia brasileira já havia sido fortemente atingida pelos impactos do aprofundamento da crise global. O último aumento da meta da taxa básica de juros ocorreu no dia 10 de setembro, em meio à intensificação das turbulências nos mercados financeiros internacionais e ao movimento de intensa deflação nos preços internacionais das commodities agrícolas e do petróleo. Nas duas últimas reuniões do ano, realizadas nos meses de outubro e dezembro, o Copom manteve a meta da Selic no elevado patamar de 13,75%, em flagrante contraste com a redução expressiva das taxas de juros oficiais praticadas pelos bancos centrais de economias centrais e periféricas. Fortemente afetada pela crise global sistêmica, tanto pela via do comércio como pela via dos fluxos de capitais, a economia brasileira sofreu as consequências da abrupta retração do crédito e desacelerou fortemente no último trimestre do ano. Tudo indica que o BCB errou duas vezes: uma em insistir no diagnóstico de que a economia brasileira estava crescendo acima do seu potencial e a outra por não vislumbrar a gravidade da desaceleração em curso nas economias avançadas associada ao movimento de desalavancagem do sistema financeiro e de deflação dos ativos.