terça-feira, 30 de março de 2010

O mercado de capitais em 2009

O mercado de capitais brasileiro voltou a registrar grande dinamismo em 2009, em particular no segundo semestre. O retorno dos investimentos estrangeiros em portfólio e a recuperação da atividade econômica a partir do segundo trimestre favoreceram o clima de otimismo e a retomada de planos de negócios interrompidos pela crise global. Com o mercado de crédito privado às pessoas jurídicas ainda retraído, as empresas buscaram se financiar mediante a emissão de títulos de dívida e de ações. Esse movimento se intensificou no segundo semestre. No mercado de títulos de dívida privada, a redução da meta da Selic, que em setembro atingiu o seu patamar mais baixo (8,75%), favoreceu o aumento da demanda por debêntures e notas promissórias por parte dos investidores dispostos a assumir maior risco em troca de maior retorno. Já no mercado acionário, a forte valorização da Bovespa associada à ampliação da entrada dos investidores estrangeiros estimulou as ofertas de ações por empresas de diferentes setores, dentre as quais a subsidiária brasileira do banco Santander, que, em outubro, realizou a maior captação do ano (US$ 14 bilhões) mediante a distribuição pública de certificados de ações, em simultâneo no Brasil e nos Estados Unidos. A introdução do Imposto sobre Operações Financeiras sobre as aplicações dos não-residentes em bolsa (inclusive ADR) e em aplicações de renda fixa para conter a entrada de recursos externos e por consequencia a apreciação do real não teve, contudo, o resultado esperado de esfriar os negócios na Bovespa, que encerrou o ano com valorização elevada, a segunda maior do mundo em dólar e a oitava maior em moeda doméstica.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Os fluxos de capitais para o Brasil em 2009

No dia 04 de março o grupo de conjuntura se reuniu para discutir os fluxos de capitais no Brasil em 2009. Destacam-se os condicionantes externos e internos com detalhamento da conta financeira do balanço de pagamentos, a abertura setorial do Investimento Direto Externo (IDE) e os investimentos em portfólio.


quarta-feira, 3 de março de 2010

Workshop: GESTÃO DE PROGRAMAS/ PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: Experiências de Agências Internacionais

O objetivo é o intercâmbio de experiências das agências de energia com vistas à gestão e operacionalização de programas e projetos de eficiência energética.





segunda-feira, 1 de março de 2010

A saída da crise da economia brasileira: o PIB até o terceiro trimestre de 2009

Esta nota técnica faz uma análise retrospectiva da economia brasileira em 2009, tendo como fio condutor a evolução do PIB trimestral. As reações da política econômica frente ao aprofundamento da crise são revisitadas a luz dos resultados obtidos do ponto de vista da atividade econômica. Ao longo de 2009, a economia entrou e saiu da recessão tendo como principal vetor de expansão o mercado interno. O setor de serviços praticamente não sentiu os efeitos da crise e já apresentou crescimento no inicio do ano passado. O consumo das famílias só caiu no quarto trimestre de 2008 e acelerou a expansão na margem a partir do segundo e terceiro trimestres de 2009. A formação bruta de capital fixo reagiu de forma mais consistente somente no terceiro trimestre de 2009. As perspectivas para 2010 são favoráveis, mas o padrão de crescimento que emergiu da crise engendra algumas fraquezas que poderão comprometer o ritmo da economia em 2011: (i) baixo patamar de investimento público em infra-estrutura; (ii) taxa de câmbio desfavorável às exportações e (iii) taxa de investimento da economia abaixo do nível pré-crise.